domingo, 4 de abril de 2010

Páscoa

Provavelmente, de modos muitos distintos e originais, muito tiveram a possibilidade de fazer, nos últimos dias, uma experiência de encontro pessoal com Cristo em que Ele tomou a iniciativa de aproximar-se de cada um chamando-o pelo seu nome. São momentos de uma profunda intimidade, de que às vezes nem nos damos conta, em que nos encontramos com o fogo novo da vigília pascal. Momentos em que esse fogo é acendido no nosso coração. Podemos ter a tentação de prender esse fogo, mas se o prendemos esse fogo extingue-se. Nenhuma consolação, nenhum conceito (por muito teológico e ortodoxo que seja) pode controlar a Deus. Jesus convida-nos a soltá-lo, a soltar o fogo que nos arde.
A nossa experiência de intimidade com Deus não é um objecto que possamos guardar para nós, como se fosse uma recordação importante que guardamos na gaveta das nossas memórias felizes, junto de fotografias e de pequenos presentes ou símbolos que evocam ocasiões especiais. A nossa experiência de intimidade com Deus nos chamará sempre a uma maior universalidade e disponibilidade. Será sempre um convite a ir ao encontro dos outros a ser, como propunha Santo Alberto Hurtado sj “Um fogo que acende outros fogos”.
Boa Páscoa!

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